segunda-feira, 21 de junho de 2010

Wild Heart

Sim, eu pensei muito. Dormindo ou acordada, tenho passado por muitas coisas, e a mesma dúvida ocupa minha cabeça. Às vezes não sei se posso continuar. Enfim, eu nunca sei o que fazer. Nunca sei como agir diante de cada falsa esperança que lampeja em minha mente. Estou me sentindo confusa, é só isso. Vai passar, eu acho.

Acho que não tenho muita escolha. Até eu mesma esqueci de que ainda sou humana, feita de sangue como qualquer um. Só não vou sentir mais nada, não vou reagir a nada. Impenetrável, inatingível, indiferente. É como juntar os pedaços de algo que está quebrado. É como uma mentira, eu sei. Mas para meu próprio bem, tenho que acreditar nela.

E pra recomeçar, trouxe apenas a mim mesma e um coração violento e desfigurado. E não vou me preocupar com mais nada, ou com mais ninguém. Eu vou sobreviver. Aliás, vou passar o dia inteiro escrevendo no meu caderninho, isolada, observando coisas e pouco me lixando pro resto do mundo. Foda-se. Sempre dou a volta por cima. Sempre.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Aham, Cláudia, senta lá!

Crepúsculo é um livro sobre vampiros, certo? Errado.
E antes que alguma twilighter venha me bater, não estou obrigando ninguém a ler este post. Além disso, o blog é meu e escrevo nele o que eu quiser.
Eu tô cansada de ter esse mito fantástico deturpado. Vampiros não brilham. Eles queimam no sol. Alguns nem chegam a se incomodar com ele. Mas o que quero dizer é que a Meyer os transformou em modinha, mas os descaracterizou completamente. Bella não tem personalidade. E os outros personagens só servem para encher lingüiça ou sacrificar seu tempo/eternidade pela felicidade dela e de Edward.
Ah, é claro, os fãs. Não os sensatos, me refiro aos histéricos. A Saga Twilight não é perfeita, e existem livros bem melhores esses. Fiquei indignada quando vi eles atacando Stephen King.
“Eu acho que sirvo como fonte para alguns escritores, e isso é muito bom. Tanto Rowling e Meyer são direcionadas a jovens, a diferença é que Jo é uma escritora maravilhosa e Stephenie Meyer não consegue escrever algo que vale a ser tão merecedor. Ela não é muito boa.”
Basicamente, tirando os erros grotescos de português e os palavrões, os fãs dizem que Stephen, o rei do terror, escritor mais fodástico do gênero ‘Você-não-vai-dormir-direito-à-noite-com-medo-disso’ tem invejinha da Meyer. Dizem que os livros dele são uma porcaria, e chegam ao cúmulo de mandar ele escrever um livro. Até J.K.Rowling, a diva absoluta que pesquisou muito antes de escrever, como uma ‘escritora’ deveria ter feito, foi mencionada como ‘a que fez o maldito Harry Potter sem-graça’. Ah, vá!
Na boa, o Stephen é foda, escreve pra caralh* e tem o direito de chegar em quem ele quizer e dizer que não escreve nada. Pronto, falei. O cara só deu a opinião dele, porra! E depois esses acéfalos sem capacidade de diferenciar livro de papel higiênico vem me dizer que querem respeito. Na minha humilde opinião, Meyer é uma incompetente. E eu, como alguém que realmente gosta de escrever e almeja o sucesso, prefiro o anonimato a esse tipo de sucesso que ela tem. E Stephen, com classe, disse que a Joan diva-absoluta-adogon é melhor do que a Meyer. Ele falou a verdade, chérie, nem adianta chorar.
Eu rio demais com esses lovers. "O melhor livro que já li". Provavelmente o único, além dos contos e das fábulas de criancinha. Entendam, eu pago pau pro Stephen porque o cara é tão talentoso que consegue te fazer ter medo de qualquer coisa, e você não dorme direito até chagar ao final do livro. Escuta uma coisa, meu bem, antes de criticar, VAI LER CARRIE, E DEPOIS VEM FALAR COMIGO. Filho da put* cretino é você, seu analfabeto literário estúpido! Tu sabe pelo menos quem é Anne Rice, hã?
Pelo bem da minha sanidade mental, vou fingir que não li nada disso, assim posso fingir que vivo em um mundo mentalmente capaz. O que é pior é que existem twilighters que sabem escrever e argumentar (raros, é verdade, mas existem), porém eles acabam sendo incluídos na massa. Enfim, peço desculpas a esses poucos que sabem conversar com educação e respeitam quem não gosta. Eu já gostei, mas só por causa de frescurinha de fã que parece retardado, que não vive mais sem, que é obcecado por, que odeia quem odeia, acabaram me fazendo ter ódio da saga, da escritora, dos filmes, dos atores, de tudo.
E o mais legal de tudo, é que quando o Ed Purpurina tá lá brilhando feito glitter no sol, ele tem a coragem de dizer 'This is a skin of a killer'.
THE SKIN OFF A KILLER?! PORRA! Você levaria o Jason a sério se ele brilhasse que nem a globeleza? Você levaria o Freddie a sério se ele brilhasse que nem um diamante? Você levaria o Jack Estripador a sério se ele tivesse a desgraça da pele reluzente? Hein? CLARO QUE NÃO, PORRA!
Então porquê levar Edward Cullen? Ah, sim, porque ele é bonitinho, tem complexo emolóide, um topete legal e TUDO O QUE UMA MULHER PRECISA É UM CARA QUE RELUZ NO SOL E TODO MUNDO SABE DISSO.
Agora vou ler Drácula, porque toda essa ignorância concentrada deixou meus neurônios traumatizados. Só tio Stoker pra me consolar. E se alguma Twilover resolver me atacar, peço o Lestat emprestado pra tia Myh, e digo que ela falou mal do cabelo dele. Gargantas completamente destroçadas em 5, 4, 3, 2, ...

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"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia." - José Saramago.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Entre Amigos - Parte II

Hi, peoples lindas e absolutas que visitam esse blog. ;D

Bem, a Cecília não é exatamente inexperiente como escritora, você pode ver o blog dela aqui. Ela fez um texto baseado nesse aqui, de minha autoria. :B

Então, amour, boa leitura.

*

Morte, por Cecília Maria.

Eu observei tudo bem de perto, queria impedir aquilo, mas algo dentro de mim não deixava. Eu o vi caído no chão, morto, com uma bala no meio do peito que sangrava sujando toda sua camisa branca. Ela estava ali também, agarrada ao corpo dele chorando. Pude perceber um resquício de esperança no olhar dela. Ela queria que ele estivesse vivo. Eu também. Ele era meu até ela aparecer e tirar de mim a minha única alegria. O único responsável pelo sorriso tímido que surgia no meu rosto toda vez que o via, pelas lágrimas derramadas e pela minha existência.

Sofri muito até ele aparecer feito um anjo na minha vida, fez com que eu esquecesse tudo e vivesse momentos realmente bons ao seu lado. As feridas em mim estavam quase que totalmente curadas, mas ele me deixou e elas só aumentaram. Ela era a culpada de tudo, ele estava morto agora, ele deu sua vida para salvá-la. E pensar que um dia ele prometeu fazer isso por mim.
Eu estava chorando. Queria correr, abraçar seu corpo ensangüentado e implorar por seu amor de volta. E então os olhos dela encontraram os meus. Tinha um olhar distante, sem vida. Me senti mal por desejar vingança naquele momento. Ela se aproximou, me entregou uma arma e implorou que eu a matasse.A arma que o matou. Alguém fora covarde o suficiente para tirar-lhe a vida e fugir.

Eu tremia com a arma na mão. Não teria coragem de matá-la. Ele a amava, não seria justo com ele. Larguei o objeto. Ela o beijou e atirou em sim própria. Sorriu para mim, esperando pela morte ao lado dele.

*

Okay... Mesma situação, descrição por personagens diferentes. O texto da Cecília parece uma versão 2 do meu texto, feito por uma terceira personagem que eu mesma desconhecia mas estava ligada aos dois suicidas ali. Cecília, adorei. *-*

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Corvo - Preview

Há alguns meses venho trabalhando em um conto baseado no filme 'O Corvo', de 1994. Algumas (poucas) pessoas se interessaram, e senti vontade de fazer uma preview. Qualquer erro, curiosidade, vontade de enfiar um lápis na minha garganta ou comentário, pode dizer. Sua opinião é muito importante. :D

*

Ellena Krave está morta, mas estranhamente, ela ainda vive. Sua alma atormentada não pode descansar em paz enquanto os vermes responsáveis pela morte dela e de seu irmão permanecem impunes. Assim, ela volta à vida em busca de vingança, guiada por um corvo sobrenatural.

Inimigo por inimigo, Elle se aproxima de seu propósito obscuro. Seu corpo não pode ser ferido, e a justiça é feita lentamente... Ninguém pode detê-la. Ela vive. Eles morrem.

Mas ela guarda um segredo perigoso, e se seus assassinos o descobrirem, nada poderá salva-la.

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É véspera do Dia das Bruxas.

Pelas ruelas infestadas de mendigos e uma névoa densa, um vulto ágil movimenta-se como se fosse feito de sombras. Sua existência oculta pela noite é algo contraditório: Ela respira, mesmo que esteja morta.

Seu nome é Ellena Krave, mas ela prefere que a chamem de Elle. Sua vida está acabada, seus inimigos são seus assassinos, e o sorriso de tinta que traz em seu rosto pintado disfarça toda a dor que sentiu. A morte não é mais forte do que a sede de vingança que ela possui.

Finalmente, a luz toca sua figura incomum, revelando ao mundo sua forma. Os cabelos que já foram longos agora eram curtos e irregulares sobre os ombros, chicoteando com o vento no seu rosto inexpressivo. Os traços delicados foram cobertos pela maquiagem branca, os olhos castanhos traziam manchas negras nas pálpebras que se transformavam em linhas que subiam até a testa e desciam até as bochechas. Os lábios, também pintados de preto, tinham linhas curvadas nos cantos, formando um sorriso tão amedrontador quanto o corvo que pousou suave em seu ombro.

A ave agita as asas e voa tranquilamente sobre prédios abandonados, como se procurasse algo. Ele crocita nervoso, assim como fez na sepultura esquecida dela há algumas horas. Pousa em um beco próximo, enquanto Elle salta testando o poder dentro dela. Um homem solitário no beco olha para ela indiferente e cauteloso.

Ela faz uma careta enojada ao lembrar de onde o conhecia. Era um assassino, um dos vermes repugnantes que mataram ela e o irmão.

A mulher sorri pela primeira vez naquela noite. A roupa preta não a aquecia muito bem, e ela tremia a cada rajada mais forte do vento frio, mas era confortável e não limitava os movimentos. O olhar dela era uma ameaça clara. A raiva pareceu se irradiar por todo o seu corpo, mais quente, e a boca de Elle se repuxou em um sorriso cruel.

sábado, 5 de junho de 2010

Entre Amigos - Parte I

Bem, avisei que não postaria apenas o que eu escrevo aqui. Bem, tenho amigos que se arriscam no mundo das palavras, e o Levi, hn, ele tentou fazer um pequeno conto sobre o dia em que me encontrou escrevendo um hentai (Com as devidas modificações feitas).

“Eu estava ali, sentado, mas não parado. Até ver a Rukia-chan¹ escrevendo como sempre. Discretamente, me aproximo como se não quisesse nada. Ela continua a escrever, sem me perceber. Eu espiono e descubro o quê tanto a concentrava.

O HENTAI. O:

Assustado, leio alguns trechos indecentes. E com minha pequena cabeça de garoto humilde, penso: "Rukia-chan é tarada/pervertida/erro/safada/danada". Ela me vê. Eu olho apavorado para a expressão psicopata dela. Rukia-chan pega um tijolo... E acordei no hospital.”

FIM

*Rukia-chan¹ : O Levi acha que eu me pareço fisicamente com a personagem Rukia (Bleach).

É, Levi, como escritor, você é um ótimo desenhista.

Levi diz: Mas... Mas... Eu sou feliz. u_u

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vida de escritor...


Não serei hipócrita ao ponto de dizer que minha escrita é perfeita, mas pelo menos planejo e organizo minhas idéias para que o leitor entenda o que eu quis dizer. Não posso negar que em alguns pontos a pressa me impede de fazer uma revisão melhor, não posso negar que eu erro. Não posso negar que ainda sou bem amadora comparada aos meus ídolos literários. Não posso negar que conheço quem escreve muito melhor do que eu.


Mas também não posso negar que me esforcei. Desde o começo quis escrever aquilo que eu gostaria de ler, com a paciência e dedicação.


Passei horas digitando, apagando, cortando coisas e acrescentando uma ou outra palavra (ou vírgula) para que um parágrafo tivesse a melhor coesão possível.


É complicado passar para o papel aquilo que você está sentindo.


Preocupei-me em responder cada comentário, em ser simpático e festejei cada vez que via outro. Concordei e me engrandeci com as críticas.


Desejo ver as fics escritas com o coração, cuja escrita beira a impecável receberem o reconhecimento merecido. Desejo que as fics que parecem ter sido escritas por escrever, tenham reviews honestas, críticas diretas. Desejo que as pessoas que escrevem por escrever percebam que suas fics não ficam boas porque falta o sentimento, falta trabalho, falta talento.


Desejo que os escritores só recebam reconhecimento se merecerem.


O melhor dos escritores consegue escrever mais com menos, sabe ser ousado, sabe ter classe. Desejo que os maus escritores vejam no que eles estão usando as palavras erroneamente e tentem melhorar.


Desejo que o número de reviews seja proporcional à qualidade das fics, receber um comentário de quem não gostou de uma fic minha dizendo porque não gostou.


Desejo que com o reconhecimento os tantos talentos escrevam livros e se tornem escritores famosos, para dizerem, olhando para seu passado: “só cheguei aqui, porque na minha época de fics, meu trabalho foi devidamente reconhecido”. E sonho dizer essa frase, sonho ouvir outras pessoas dizendo ao meu redor.


Meu desejo não é impossível. Só precisamos nos mobilizar, escrever com nossos corações e comentar com nossa sinceridade. Nos abrir para novas experiências e deixar nossa preguiça de lado, para apreciar o trabalho daqueles que merecem.


Só precisamos começar. Ler e escrever é maravilhoso, não é?


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Baseado e meio que copiado com alterações daqui, ó: manifesto pró fics bem escritas.