terça-feira, 19 de abril de 2011
domingo, 29 de agosto de 2010
Máscara.
Por mais que seja difícil, ela ainda está lá
Mantendo-se firme e em pé toda vez que é ferida.
Sua face cheia de rachaduras já não se permite sorrir,
Pois por mais que quisesse sorrir, sempre vinha a dor
Acompanhada de sangue para lhe tirar a esperança e
O brilho de seus olhos.
Às vezes vejo-a implorando para se quebrar
Para que a dor não a perturbasse mais, porém
Ainda a vejo lá.
Firme e forte protegendo o meu frágil rosto
Com sua face possuidora de meus falsos olhos
Sem brilhos e com um meio sorriso para não mostrar
O desespero que um dia ganhei.
Eu sei que um dia ela vai desaparecer.
Já agüentou mais do que conseguiria e não foi pouco.
Só ela sabe como é difícil o sofrimento que sentimos.
Já que ela os esconde através de um abraço sem cor
E um falso sorriso que mesmo assim me acaricia com
Seu conforto.
Não estou com medo da dor, pois com ela já me acostumei.
Mas estou com medo quando o dia da máscara se partir em
Duas e abandonar a face que é o meu rosto.
*
A resistência ao sofrimento e a capacidade de tentar continuar resistindo mesmo que não seja possível é uma característica humana curiosa e fascinante. Esse poema não é meu, é da Bloody Phoenix, conhecida comoLady Fênix no Nyah! Fanfiction. Você pode ver esse texto aqui (no Nyah! Fanfiction) ou no Ténèbres, o blog dela, ou segui-la no Twitter. Ah, e ela tem um outro blog, o Sombria Decadência. Então comente, siga, e é isso aê, mermão.
Câmbio e desligo.
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Wild Heart
Sim, eu pensei muito. Dormindo ou acordada, tenho passado por muitas coisas, e a mesma dúvida ocupa minha cabeça. Às vezes não sei se posso continuar. Enfim, eu nunca sei o que fazer. Nunca sei como agir diante de cada falsa esperança que lampeja em minha mente. Estou me sentindo confusa, é só isso. Vai passar, eu acho.
Acho que não tenho muita escolha. Até eu mesma esqueci de que ainda sou humana, feita de sangue como qualquer um. Só não vou sentir mais nada, não vou reagir a nada. Impenetrável, inatingível, indiferente. É como juntar os pedaços de algo que está quebrado. É como uma mentira, eu sei. Mas para meu próprio bem, tenho que acreditar nela.
E pra recomeçar, trouxe apenas a mim mesma e um coração violento e desfigurado. E não vou me preocupar com mais nada, ou com mais ninguém. Eu vou sobreviver. Aliás, vou passar o dia inteiro escrevendo no meu caderninho, isolada, observando coisas e pouco me lixando pro resto do mundo. Foda-se. Sempre dou a volta por cima. Sempre.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Aham, Cláudia, senta lá!
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quinta-feira, 17 de junho de 2010
Entre Amigos - Parte II
Hi, peoples lindas e absolutas que visitam esse blog. ;D
Bem, a Cecília não é exatamente inexperiente como escritora, você pode ver o blog dela aqui. Ela fez um texto baseado nesse aqui, de minha autoria. :B
Então, amour, boa leitura.
*
Morte, por Cecília Maria.
Eu observei tudo bem de perto, queria impedir aquilo, mas algo dentro de mim não deixava. Eu o vi caído no chão, morto, com uma bala no meio do peito que sangrava sujando toda sua camisa branca. Ela estava ali também, agarrada ao corpo dele chorando. Pude perceber um resquício de esperança no olhar dela. Ela queria que ele estivesse vivo. Eu também. Ele era meu até ela aparecer e tirar de mim a minha única alegria. O único responsável pelo sorriso tímido que surgia no meu rosto toda vez que o via, pelas lágrimas derramadas e pela minha existência.
Sofri muito até ele aparecer feito um anjo na minha vida, fez com que eu esquecesse tudo e vivesse momentos realmente bons ao seu lado. As feridas em mim estavam quase que totalmente curadas, mas ele me deixou e elas só aumentaram. Ela era a culpada de tudo, ele estava morto agora, ele deu sua vida para salvá-la. E pensar que um dia ele prometeu fazer isso por mim.
Eu estava chorando. Queria correr, abraçar seu corpo ensangüentado e implorar por seu amor de volta. E então os olhos dela encontraram os meus. Tinha um olhar distante, sem vida. Me senti mal por desejar vingança naquele momento. Ela se aproximou, me entregou uma arma e implorou que eu a matasse.A arma que o matou. Alguém fora covarde o suficiente para tirar-lhe a vida e fugir.
Eu tremia com a arma na mão. Não teria coragem de matá-la. Ele a amava, não seria justo com ele. Larguei o objeto. Ela o beijou e atirou em sim própria. Sorriu para mim, esperando pela morte ao lado dele.
*
Okay... Mesma situação, descrição por personagens diferentes. O texto da Cecília parece uma versão 2 do meu texto, feito por uma terceira personagem que eu mesma desconhecia mas estava ligada aos dois suicidas ali. Cecília, adorei. *-*
quarta-feira, 9 de junho de 2010
O Corvo - Preview
Há alguns meses venho trabalhando em um conto baseado no filme 'O Corvo', de 1994. Algumas (poucas) pessoas se interessaram, e senti vontade de fazer uma preview. Qualquer erro, curiosidade, vontade de enfiar um lápis na minha garganta ou comentário, pode dizer. Sua opinião é muito importante. :D
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Ellena Krave está morta, mas estranhamente, ela ainda vive. Sua alma atormentada não pode descansar em paz enquanto os vermes responsáveis pela morte dela e de seu irmão permanecem impunes. Assim, ela volta à vida em busca de vingança, guiada por um corvo sobrenatural.
Inimigo por inimigo, Elle se aproxima de seu propósito obscuro. Seu corpo não pode ser ferido, e a justiça é feita lentamente... Ninguém pode detê-la. Ela vive. Eles morrem.
Mas ela guarda um segredo perigoso, e se seus assassinos o descobrirem, nada poderá salva-la.
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É véspera do Dia das Bruxas.
Pelas ruelas infestadas de mendigos e uma névoa densa, um vulto ágil movimenta-se como se fosse feito de sombras. Sua existência oculta pela noite é algo contraditório: Ela respira, mesmo que esteja morta.
Seu nome é Ellena Krave, mas ela prefere que a chamem de Elle. Sua vida está acabada, seus inimigos são seus assassinos, e o sorriso de tinta que traz em seu rosto pintado disfarça toda a dor que sentiu. A morte não é mais forte do que a sede de vingança que ela possui.
Finalmente, a luz toca sua figura incomum, revelando ao mundo sua forma. Os cabelos que já foram longos agora eram curtos e irregulares sobre os ombros, chicoteando com o vento no seu rosto inexpressivo. Os traços delicados foram cobertos pela maquiagem branca, os olhos castanhos traziam manchas negras nas pálpebras que se transformavam em linhas que subiam até a testa e desciam até as bochechas. Os lábios, também pintados de preto, tinham linhas curvadas nos cantos, formando um sorriso tão amedrontador quanto o corvo que pousou suave em seu ombro.
A ave agita as asas e voa tranquilamente sobre prédios abandonados, como se procurasse algo. Ele crocita nervoso, assim como fez na sepultura esquecida dela há algumas horas. Pousa em um beco próximo, enquanto Elle salta testando o poder dentro dela. Um homem solitário no beco olha para ela indiferente e cauteloso.
Ela faz uma careta enojada ao lembrar de onde o conhecia. Era um assassino, um dos vermes repugnantes que mataram ela e o irmão.
A mulher sorri pela primeira vez naquela noite. A roupa preta não a aquecia muito bem, e ela tremia a cada rajada mais forte do vento frio, mas era confortável e não limitava os movimentos. O olhar dela era uma ameaça clara. A raiva pareceu se irradiar por todo o seu corpo, mais quente, e a boca de Elle se repuxou em um sorriso cruel.